A exploração de Marte está nas mãos de fortes aliados tecnológicos, mas os sistemas precisam expandir

Mariana Souza

14 de dezembro de 2022

Os rovers são, hoje, os principais aliados para fazer o mapeamento das zonas que podem ser habitáveis em Marte. A NASA e outras agências se surpreendem cada vez mais em como estes robôs semi-autônomos podem ser mais efetivos do que se imaginava.

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Rover Perseverance da NASA

Rover Perseverance da NASA. (Imagem: Divulgação/NASA)

Marte: exploração do planeta pode começar a ser expandida

Desde que chegaram ao solo marciano, os rovers (robôs responsáveis por fazerem a varreduras em Marte) surpreenderam com os resultados que trazem ao longo do tempo.

No começo da expedição, os rovers pousaram em locais de fácil acesso. Os pólos e os Vales Marineris não foram tocados por conta das condições climáticas extremas que existem por lá.

Em Marte, uma calota congelada de água pode esconder ainda mais desafios como lagos subterrâneos. Essa região, por exemplo, deverá ser explorada por qualquer humano para a sobrevivência no Planeta Vermelho.

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E é isso o que torna as regiões polares cruciais para a exploração em um futuro próximo – exploração essa que será feita por estes rovers.

Há também um trabalho pesado de comunicação entre a Terra e Marte, feito por satélites orbitadores (em órbita). Entretanto, se quisermos explorar o planeta na totalidade, o sistema de comunicação deve ser mais flexível e muito mais complexo.

O desafio de agora é formar uma frota de rovers da NASA e de outras agências que será enviada para estes locais extremos e, além disso, um novo sistema de comunicação que consiga captar e transmitir imagens da exploração em tempo real.

Constelação de satélites

Para que isso seja possível, uma equipe de pesquisadores liderada pela Ph.D Serena Molli, do Departamento de Engenharia Mecânica e Aeroespacial da Universidade Sapienza de Roma, estão estudando como fazer uma pequena constelação de satélites em Marte.

O objetivo é que estes satélites sejam quase que completamente autônomos e que possam acompanhar a exploração nos polos.

Ademais, estes pequenos satélites devem enviar informações para sondas mais robustas, fazendo um sistema de comunicação mais complexo entre os rovers, a constelação de satélites e as sondas. Molli explicou para a Inverse:

“O software de bordo conta com teoria e algoritmos de determinação de órbita dedicados, adaptados para enfrentar o desafio do novo sistema de navegação autônoma. No entanto, o software de determinação de órbita a bordo pode se beneficiar de atualizações. O sistema permite isso.”

Ela ainda completou:

“O que precisamos é de um computador de bordo suficientemente poderoso e contatos periódicos com a Terra, tanto para verificações de saúde do sistema, melhor determinação da órbita e, se necessário, atualizações de software.”

Agora, as equipes do mundo todo estão trabalhando para haver uma Inteligência Artificial que complemente os estudos e que a exploração de Marte vá ainda mais longe com os rovers.

Com informação: Inverse.

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