Pirataria de música via NFT é nova ameaça para gravadoras

Hugo Cruz

14 de fevereiro de 2022

Pirataria de música via NFT

Imagem: Divulgação

Anualmente, as gravadoras e artistas perdem milhões devido à pirataria – principalmente depois da internet se expandir até chegar a forma que temos hoje. Agora, entretanto, as gravadoras terão que se preocupar com mais um tipo de pirataria: a Pirataria de música via NFT.

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E a luta já começou, quando a RIAA (Associação Americana da Indústria de Gravação) derrubou a plataforma musical de NFTs chamada HitPiece. O motivo da ação foi que a ela vende ativos digitais relacionados a músicas (os próprios sons, capas, autógrafos, etc.) sem as devidas autorizações.

Pirataria de música via NFT é o novo foco do RIAA

O RIAA atua principalmente contra casos de pirataria musical e agora começou a tomar iniciativas voltadas à blockchain, metaverso e NFTs. No caso da HitPiece, a plataforma estava vendendo conteúdo de artistas conhecidos globalmente, mas sem o consentimento do artistas mesmo  dando a entender  que as peças eram trabalhos em conjunto, criados através de parcerias legítimas. Nomes como Taylor Swift eram mencionados no site.

A associação tomou as devidas medidas contra a HitPiece e chegou a enviar  uma carta de intimação extrajudicial para a empresa que era descrevida, no documento, como um “notório site de golpes de NFT”. O caso já avançou e a plataforma foi derrubada, mesmo assim seus fundadores seguem sob acusações e ações gravíssimas.

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Foi até exigido que a HitPiece faça uma lista detalhada de todas as suas atividades, incluindo a parte financeira da empresa. Segundo o diretor jurídico da RIAA, Ken Doroshow, as medidas irão “garantir uma contabilização justa dos danos que o HitPiece e seus operadores já fizeram e para garantir que este site ou imitadores não simplesmente retomem seus golpes sob outro nome.”

A ponta do iceberg

Especialistas afirmam que o caso da HitPiece é apenas o começo. A pirataria vai ser um problema muito mais grave agora, com a WEB 3.0, do que já foi no passado.

Com a impossibilidade da regularização dos NFTs, não só as músicas, mas todo o conteúdo de IP (Propriedade intelectual) relacionado a qualquer tipo de conteúdo pode ser simplesmente “roubado” sem que o dono de tal conteúdo nem a pessoa que compra saibam.

As novas tecnologias – metaverso, criptomoedas, web 3.0 e NFTs – ao mesmo tempo que abrem novas possibilidades de avanço, trazem consigo uma infinidade de novos problemas e preocupações.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.