Por que minerar ou comprar Bitcoin está menos rentável?

Laura Alvarenga

17 de maio de 2022

Há poucos meses houve um boom na compra e mineração de Bitcoin, mas em questão de semanas a mãe das criptomoedas teve uma queda drástica, atingindo a variante de US$ 28 a US$ 30 logo no início desta semana. Nos últimos dias, milhares de investidores ficaram preocupados sobre a rentabilidade da moeda a curto, médio e longo prazo, fazendo-os cogitar a venda das moedas digitais. 

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Por que minerar ou comprar Bitcoin está menos rentável

Por que minerar ou comprar Bitcoin está menos rentável. (Imagem: Pixabay)

De acordo com o Hashprice, índice de apuração do retorno esperado em USD OU BTC, siglas para dólar a Bitcoin, direcionadas ao minerador de criptomoedas. O medidor leva em consideração a dificuldade de encontrar um bloco, um preço médio em dólar do Bitcoin e a média adquirida mediante as taxas das transações. Em tese, quanto mais difícil for a busca por um bloco, mais hashrate um minadora precisa gerar. 

Por consequência, haverá o consumo intensivo de recursos ASICs, energia e banda larga, até que receba a recompensa de bloco a 6,25 BTC, a inflação do Bitcoin, mais as taxas de transações costumeiramente pagas pela rede. 

Além do mais, é preciso estar ciente de que, tanto a recompensa quanto as taxas são pagas em Bitcoin, logo, a queda na cotação de BTC/USD tem influência direta na rentabilidade do dólar que, por sua vez, afeta o fluxo de investimentos e manutenção dos mineradores. 

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Logo, respondendo a pergunta sobre a rentabilidade da compra e mineração do Bitcoin, as etapas mencionadas reduzem tornam todo o processo envolvendo a criptomoeda menos rentável, tendo o poder de desincentivar a continuidade das operações e a compra de mais equipamentos. 

Neste sentido, existem dois efeitos prováveis. O primeiro é a queda na segurança da rede devido a diminuição da hasrate, e o segundo é a queda no preço das ASICs e recursos semelhantes. 

Mineração de Bitcoin tem dificuldade elevada 

A cada 2.016 blocos, a rede Bitcoin transmite um novo “epoch block”, alterando o nível de dificuldade da mineração com o propósito de manter o tempo médio de descoberta de 10 minutos entre um bloco e outro. 

Portanto, se o hashrate do Bitcoin aumenta, ou seja, mais mineradores iniciam a atividade, os blocos passam a ser descobertos em um intervalo de tempo menor, elevando a inflação do Bitcoin naquele período. Esta é a razão pela qual a rede precisa dificultar o processo de mineração intensificando o uso de hashrate. 

Porém, cabe mencionar que o cenário inverso também ocorre. Ou seja, caso o hashrate do BTC seja reduzido, os blocos começam a ser encontrados em menos de 10 minutos. O resultado é uma rede mais lenta e com taxas elevadas no intuito de evitar a sobrecarga. Um exemplo é que, no último ano, a maioria dos epochs de dificuldade foram aumentados proporcionalmente ao interesse pela moeda durante a alta do mercado e da rentabilidade. 

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Laura Alvarenga
Escrito por

Laura Alvarenga

Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR e Bit Magazine, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças e tecnologia.