Sinal de vida? NASA está investigando terreno em Marte com possível matéria orgânica
17 de setembro de 2022
Fazendo coleta de materiais em regiões de Marte, a NASA está investigando uma possível amostra com “sinal de vida” microbiana antiga no local.
Rover Perseverance da NASA. (Imagem: Divulgação/NASA)
NASA: amostra orgânica em Marte
O rover Perseverance da NASA está coletando amostras que podem evidenciar perspectivas de encontrar sinais de vida microbiana antiga em Marte. Foram quatro amostras coletadas de um antigo rio na Cratera Jezero do Planeta Vermelho desde 7 de julho e elas estão elevando as possibilidades de convencer que existiu vida ali.
Thomas Zurbuchen, administrador associado da NASA para ciência em Washington disse:
“Escolhemos a Cratera Jezero para explorar porque pensamos que tinha a melhor chance de fornecer amostras cientificamente excelentes – e agora sabemos que enviamos o rover para o local certo. Essas duas primeiras campanhas científicas renderam uma incrível diversidade de amostras para trazer de volta à Terra.”
A Cratera Jazero tem vinte e oito milhas (45 quilômetros) de largura e formato de leque que se formou há cerca de 3,5 bilhões de anos – é tempo!
O rover Perseverance está investigando as rochas que, agora por evidência, já estiveram em um ambiente aquoso.
Há uma justaposição entre as composições de rochas que mostram uma rica composição geológica em Marte.
Matéria orgânica e missão espacial
O carbono é o principal elemento que confirma a presença de matéria orgânica, também podem incluir átomos de hidrogênio e oxigênio.
Entre outros elementos, nitrogênio, fósforo e enxofre também são possíveis de serem encontrados – mas não são orgânicos.
Porém, a presença de moléculas específicas pode sim evidenciar uma bioassinatura potencial – uma substância ou estrutura que pode ser parâmetro de vida antiga ou também pode ter sido produzida sem a presença de vida.
Em 2013 a NASA já havia encontrado algumas outras evidências de possíveis materiais com vida (num passado remoto) em Marte, mas as amostras trazidas agora são um pouco mais profundas e dão novas pistas.
Ken Farley, cientista do projeto Perseverance disse:
“No passado distante, a areia, lama e sais que agora compõem a amostra Wildcat Ridge foram depositados em condições onde a vida poderia ter prosperado. O fato de a matéria orgânica ter sido encontrada em tal rocha sedimentar – conhecida por preservar fósseis de vida antiga aqui na Terra – é importante.”
Farley ainda reitera que as amostras precisam voltar para a Terra e serem muito bem analisadas e estudadas, somente depois disso, poderemos ter outras hipóteses.
A missão Mars Sample Return está como responsável pelo desenvolvimento e o estudo dessas matérias retiradas de Marte.
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