Americanas e Submarino fora do ar: clientes estão em risco?

Hugo Cruz

22 de fevereiro de 2022

As gigantes do e-commerce Americanas e Submarino estão fora do ar desde o último sábado (19). Até o momento, contudo, explicações mais detalhadas não foram dadas pelas duas marcas. A suspeita geral é que as empresas tenham sido vítimas de um grande ataque hacker. Em vista disso, a recomendação principal é a de que os usuários das plataformas tomem cuidado.

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Pessoas que usam qualquer uma das plataformas afetadas pelo problema deveriam, como forma de precaução, trocar a senha de qualquer outro serviço onde eles utilizem a mesma senha (ou até mesmo senhas parecidas). Ninguém sabe ainda a dimensão desta invasão e nem qual foi o real dano causado.

Além disso, é aconselhado que se tenha atenção redobrada para todo tipo de mensagem suspeita que se possa receber – um cuidado que já deveríamos vir tomando a tempos, já que no caso de realmente ter ocorrido um ataque hacker ou vazamento de dados, as informações pessoais dos usuários das plataformas podem ser usadas em golpes no futuro.

Americanas e Submarino fora do ar: Procon se envolve

O Procon-SP já está agindo e notificou a B2W Companhia Digital – responsável pela Americanas.com e Submarino – pedindo explicações sobre problemas que ocorreram nos sites durante o fim de semana.

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As empresas estão divulgando informações escassas as informações sobre o suposto ataque, ignorando completamente as imposições da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), segundo a qual as empresas deveriam notificar abertamente clientes e autoridades sobre incidentes que podem colocar em risco, de qualquer tipo, os titulares de contas

Infelizmente, as próprias empresas são responsáveis por avaliar se o ocorrido é ou não um risco aos clientes de suas plataformas, já que na lei não está claro quem deveria fazê-lo. Esse, aliás, é mais um exemplo da falta de preparo das leis brasileiras para os problemas modernos.

De acordo com o Procon-SP, a B2W deverá informar sobre como o consumidor poderá exercer direitos, como arrepender-se dentro do prazo de sete dias e receber eventuais valores pagos de volta.

A lentidão nas respostas, e nas ações, pode significar que o problema é muito mais grave do que parece. As duas páginas seguiram fora do ar até a publicação desta matéria, na manhã desta terça-feira (21).

Leia também: Golpe envolvendo site de valores a receber fez milhares de vítimas

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.