Colidir pode ser fatal; você sabe como a NASA e a ISS desviam de detritos ou sujeira espacial?

Mariana Souza

3 de novembro de 2022

Quanto mais aprofundamos os estudos sobre o espaço, mais nos colocamos em risco visando novas descobertas. Confira como a NASA e a Estação Internacional Espacial (ISS) fazem para se proteger de detritos perigosos e mortais.

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NASA acerta asteroide e Missão DART

NASA acerta asteroide e Missão DART – Imagem: Reprodução/Pexels

Lixo espacial pode se transformar em detritos perigosos

Pelo menos uma vez por ano a Estação Internacional Espacial (ISS, em inglês) toma medidas para evitar colidir com algum detrito ou lixo espacial.

Na semana passada, a ISS teve que se elevar para uma órbita mais alta, tentando evitar a colisão com detritos de um teste de míssil feito em 2021. A medida que a humanidade ocupar o espaço, uma quantidade maior desses objetos será comum.

Você pode imaginar que os astronautas e pilotos responsáveis pela ISS e a NASA fazem manobras radicais como em Star Trek para conseguir desviar desses objetos, porém, a realidade é bem diferente da ficção.

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Por conta de toda a questão gravitacional, o desvio ocorre bem lentamente e de uma distância bem maior do que se mostra nos filmes. Isso não quer dizer que não seja perigoso, pois há tripulação envolvida e um erro pode ocasionar em um grave acidente (talvez mortal).

Não é como se o piloto estivesse com um controle de videogame na mão, é bem mais complexo que isso. A Estação Espacial Internacional tem que alcançar uma nova órbita (mais alta ou mais baixa) para conseguir o desvio.

Caso não haja tempo o suficiente, prepare-se!

Mesmo com precaução, a tripulação deve estar pronta para a ocorrência de uma emergência de colisão.

Neste caso, os astronautas devem reunir os itens mais importantes, fechar as escotilhas para que, caso um módulo seja danificado, os outros não acabem despressurizados pela colisão.

Momentos antes do possível impacto, a tripulação se dirige para “botes salva-vidas” – feitos para a ancoragem dos astronautas. Está será a forma de voltar para a Terra caso a ISS seja atingida e não haja reparo possível.

Scott Kelly, astronauta da NASA, escreveu em seu livro Endurance, que já passou por um sufoco tendo que se abrigar em uma cápsula, pois poderia ser atingido por um detrito de um satélite.

Kelly estava com dois cosmonautas, Gennady Padalka e Mikhail Kornienko:

“Quando o tempo chega a segundos, sinto-me tensa, começando a fazer caretas. Nós esperamos. Então… nada. Trinta segundos se passam. Olhamos um para o outro com um último batimento cardíaco de antecipação do desastre. Então nossas caretas lentamente se transformam em expressões de alívio”

Não deve ser fácil passar por esse tipo de situação e viver para contar!

Com informações: Inverse.

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