Muito além de estrelas: imagens DIVINAS do telescópio James Webb são divulgadas; confira

Mariana Souza

14 de outubro de 2022

A princípio, pensava-se ser um ‘truque de luz’ captado pelo telescópio James Webb se provou ser um pouco mais do que isso. O super telescópio James Webb faz uma revolução no que conhecemos ou imaginamos sobre o espaço.

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Anéis de luz - e poeira. (CRÉDITO: NASA, ESA, CSA, STScI, NASA-JPL, Caltech)

Anéis de luz – e poeira. (CRÉDITO: NASA, ESA, CSA, STScI, NASA-JPL, Caltech)

James Webb e a revolução nas fotos espaciais

O cientista-chefe do programa Early Release Science do Telescópio Webb, Ryan Lau, quando viu a imagem que mostra 17 halos de luz sendo emanados, pensou que seriam apenas um truque de iluminação. Esta luz está bem no centro do nosso Sistema Solar.

A imagem foi divulgada na última quarta-feira (12), onde é possível ver os anéis de luz e a iluminação que emana a partir do centro da estrela WR 140, que fica a 5 mil anos-luz da Terra.

Antes, as observações sugeriam anéis de poeira e detritos ao redor do astro, porém, com as novas imagens de James Webb e por meio dos dados do instrumento infravermelho MIRI, nota-se pelo menos 17 anéis.

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Entretanto, estes anéis são muito mais do que apenas luz no universo: representam mais de 130 anos de formação de poeira cósmica, afirma Lau.

“Eu fiquei maravilhado. Embora se assemelhem a anéis na imagem, a verdadeira geometria 3D dessas características semicirculares é melhor descrita como uma concha.  Neste caso, as 17 conchas podem ser contadas como anéis de árvores, mostrando mais de 130 anos de formação de poeira. Nossa confiança nesta interpretação da imagem foi reforçada comparando nossas descobertas com os modelos geométricos de poeira”.

Os modelos geométricos de poeira foram estudados por um doutorando da Universidade de Cambridge, que “mostrou uma correspondência quase perfeita com nossas observações”, chamado Yinuo Han.

Muito além do que se vê – e do que se espera

Os dados coletados foram usados para a realização da espectroscopia análises de assinaturas químicas na luz dos anéis para identificar as composições (elementos) e quais as interações com o meio cósmico.

“Uma das maiores surpresas foi quantas conchas o telescópio conseguiu detectar. A sobrevivência dessas conchas distantes mostra que a poeira formada por binários WR como WR 140 provavelmente sobreviverá para enriquecer o ambiente interestelar circundante. No entanto, não foi suficiente para nós vermos essas conchas empoeiradas. Queríamos conhecer sua assinatura espectroscópica e composição química.”

A WR 140 é uma das poucas estrelas registradas até agora que exibem este tipo de “conchas” e por isso ela é tão importante para as pesquisas. O James Webb tem trazido muito mais do que imagens estonteantes, mas novos passos para os estudos no espaço.

Com informações: NASA/JamesWebb.

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