Perigo mortal? Cientistas descongelam vírus adormecido há 48 mil anos; entenda os riscos

Moyses Batista

25 de novembro de 2022

Não dá para negar que existe muita coisa fantástica na Terra, principalmente nos locais mais remotos do planeta. Cientistas descongelaram um conjunto de 13 vírus que estavam no permafrost, local na Rússia que sempre está congelado.

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Cientistas encontram vírus adormecido

Cientistas encontram vírus adormecido – Imagem: Reprodução/Pixabay

Mais uma pandemia? O que esse vírus tem?

Um conjunto de cientistas de algumas universidades europeias descongelaram 13 vírus que estavam na Sibéria, em um dos lugares mais gelados do mundo. O resultado, está publicado na plataforma pré-prints BioRxiv e traz um alerta. 

A amostra mais antiga que eles encontraram tinha em torno de 48,5 mil anos, de modo que alguns vírus vieram de fezes congeladas de mamutes. Além disso, algumas amostras vieram de restos do estômago de um lobo siberiano.

O que os pesquisadores falaram decorre de outro problema que impacta o mundo todo: 

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“Devido ao aquecimento climático, o degelo irreversível do permafrost está liberando matéria orgânica congelada por até um milhão de anos.”

Existe algum risco real? 

A partir dessas amostras, os cientistas as introduziram em uma cultura de amebas, em um trabalho completamente monitorado em laboratório. Outro ponto de destaque é que os vírus ainda podem ser infecciosos, pois mesmo após 48.500 anos congelados, eles podem se replicar. 

Conforme destacaram os pesquisadores, o risco decorre do aquecimento global. Além disso, a exploração do ártico também podem acelerar o descongelamento de vírus pré-históricos, segundo o artigo:

“O risco tende a aumentar no contexto do aquecimento global, quando o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas estarão povoando o Ártico na sequência de empreendimentos industriais”.

Os cientistas alegaram não haver riscos de algum dos patógenos escapar do laboratório – será mesmo? A princípio está tudo sob controle, pois os vírus descongelados são populares por infectar amebas. De todo modo, eles não apresentam riscos a humanos ou animais. 

“O risco biológico associado à revivescência de vírus pré-históricos que infectam amebas é, portanto, totalmente insignificante. A melhor proteção possível contra uma infecção acidental de trabalhadores de laboratório ou a disseminação de um vírus terrível”.

Esta não é a primeira vez que pesquisas como estas são feitas, por outro lado, o artigo alerta que alguns cientistas estão em busca de agentes pré-históricos com o potencial de causar novas pandemias.

Um ponto para nos deixar mais tranquilos: todos esses estudos acontecem em locais de pesquisas específicos, centros com segurança e controle biológico muito elevados.

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