Segura a onda Starlink: China pediu para Elon Musk não começar operações no país

Mariana Souza

12 de outubro de 2022

Dá um tempo, Elon! A China pediu que Elon Murks não venda produtos da Starlink no país após o lançamento de pontos da empresa na Ucrânia.

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Mapa de disponibilidade do Starlink (Imagem: Reprodução / @SpaceX via Twitter)

Starlink: China não quer venda no país

Em uma entrevista para o Financial Times, Elon Musk revelou que figuras de alto escalão do governo chinês pediram diretamente a ele para reter o acesso da Starlink no país.

O empresário disse:

“Pequim deixou clara sua desaprovação ao recente lançamento da Starlink na Ucrânia e procurou garantias de que o produto não seria vendido na China.”

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Não ficou evidente se o empresário concordou ou não com o pedido, entretanto, o mapa da empresa não mostra a China como disponível. Países como Mongólia, Taiwan e Vietnã estão com “aprovação regulatória pendente”.

O Starlink se tornou popular por promover conexão com a internet via satélite e por um preço acessível se comparado a outros provedores.

Fora que, de acordo com alguns especialistas, a empresa consegue contornar certo tipo de censura, o que acaba preocupando o governo chinês.

E, mesmo sendo, “a favor da liberdade de expressão” e sendo contra algumas sanções, Musk continua mantendo subsidiárias de suas empresas em território chinês, ao exemplo da Tesla, com uma fábrica em Xangai.

Aliás, a Tesla já vendeu mais de 80 mil carros em toda a China e, como consequência, o empresário permaneceu como um aliado do governo.

De novo ele, o Twitter

Por outro lado, agora que a novela sobre a compra do Twitter está se delineando para um fim (finalmente), Musk parece estar empolgado com o que pode fazer com a rede social.

Acredita-se que o acordo seja fechado ainda este ano.

Embora o Twitter seja censurado na China, o empresário pretende usar outra plataforma, agora chinesa, como “exemplo” de uma nova rede social que promete “conter tudo”.

O novo aplicativo teria o nome de “X” e seria basicamente um Wechat, rede social chinesa que agrupa vários tipos de serviço (desde entrega em domicílio até compras de passagem aéreas e reserva de hospedagens).

O grande trunfo é conseguir colocar tudo em um local só – a grande preocupação é um único aplicativo ter acesso a vários tipos de dados dos usuários, inclusive os dados de pagamento.

A ideia é que o usuário tenha tudo o que quer em um único aplicativo, o que pode ser muito útil. Por outro lado, se o objetivo também for censura, só existe um único alvo para atacar. Mas, isso não é novidade em países asiáticos que sofrem controles rígidos. Difícil seria o ocidente se acostumar com a ideia.

Fora que Musk quer usar o Twitter para propagar a ideia.

Agora, sobre o Starlink na China, nada confirmado, mas aparentemente não.

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