Segura a onda Starlink: China pediu para Elon Musk não começar operações no país

Pessoas do alto escalão do governo chinês teriam pedido para Musk não colocar os serviços da Starlink no país.

Dá um tempo, Elon! A China pediu que Elon Murks não venda produtos da Starlink no país após o lançamento de pontos da empresa na Ucrânia.

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Mapa de disponibilidade do Starlink (Imagem: Reprodução / @SpaceX via Twitter)

Starlink: China não quer venda no país

Em uma entrevista para o Financial Times, Elon Musk revelou que figuras de alto escalão do governo chinês pediram diretamente a ele para reter o acesso da Starlink no país.

O empresário disse:

“Pequim deixou clara sua desaprovação ao recente lançamento da Starlink na Ucrânia e procurou garantias de que o produto não seria vendido na China.”

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Não ficou evidente se o empresário concordou ou não com o pedido, entretanto, o mapa da empresa não mostra a China como disponível. Países como Mongólia, Taiwan e Vietnã estão com “aprovação regulatória pendente”.

O Starlink se tornou popular por promover conexão com a internet via satélite e por um preço acessível se comparado a outros provedores.

Fora que, de acordo com alguns especialistas, a empresa consegue contornar certo tipo de censura, o que acaba preocupando o governo chinês.

E, mesmo sendo, “a favor da liberdade de expressão” e sendo contra algumas sanções, Musk continua mantendo subsidiárias de suas empresas em território chinês, ao exemplo da Tesla, com uma fábrica em Xangai.

Aliás, a Tesla já vendeu mais de 80 mil carros em toda a China e, como consequência, o empresário permaneceu como um aliado do governo.

De novo ele, o Twitter

Por outro lado, agora que a novela sobre a compra do Twitter está se delineando para um fim (finalmente), Musk parece estar empolgado com o que pode fazer com a rede social.

Acredita-se que o acordo seja fechado ainda este ano.

Embora o Twitter seja censurado na China, o empresário pretende usar outra plataforma, agora chinesa, como “exemplo” de uma nova rede social que promete “conter tudo”.

O novo aplicativo teria o nome de “X” e seria basicamente um Wechat, rede social chinesa que agrupa vários tipos de serviço (desde entrega em domicílio até compras de passagem aéreas e reserva de hospedagens).

O grande trunfo é conseguir colocar tudo em um local só – a grande preocupação é um único aplicativo ter acesso a vários tipos de dados dos usuários, inclusive os dados de pagamento.

A ideia é que o usuário tenha tudo o que quer em um único aplicativo, o que pode ser muito útil. Por outro lado, se o objetivo também for censura, só existe um único alvo para atacar. Mas, isso não é novidade em países asiáticos que sofrem controles rígidos. Difícil seria o ocidente se acostumar com a ideia.

Fora que Musk quer usar o Twitter para propagar a ideia.

Agora, sobre o Starlink na China, nada confirmado, mas aparentemente não.

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Mariana Souza
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