Tecnologia da NASA é usada em tecido para o auxílio feminino

Mariana Souza

8 de setembro de 2022

Pensando em ajudar mulheres que estão entrando na menopausa, uma empreendedora do ramo têxtil usou de tecnologia da NASA para desenvolver produto.

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Tecido desenvolvido com tecnologia da NASA pode ajudar nos sintomas da menopausa

Imagem: Divulgação/Fifty One Apparel

NASA ajuda no controle corporal

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em uma pesquisa de 2014, 27,9% das mulheres no Brasil (cerca de 30 milhões) estão entre climatério e menopausa.

Nos Estados Unidos, segundo o Instituto Nacional de Saúde, mais de 1,3 milhão de mulheres entram na menopausa por ano.

Pensando nesta população, a empreendedora da área têxtil, Louise Nicholson, começou a pesquisar formas de ajudar neste período natural das mulheres.

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Um dos sintomas da menopausa é a onda de calor que a pessoa sente e as mudanças de temperatura são desconfortáveis ​​no mínimo – e até debilitantes no pior cenário.

Não há uma cura, mas há algumas maneiras de diminuir o desconforto. Pensando nisso, Nicholson encontrou um material de tecido financiado pela NASA.

Explorando os materiais de alta tecnologia para regular as temperaturas, Nicholson descobriu que esses produtos tendiam a ser tecidos para resfriamento, que ignoravam as ondas de frio que geralmente seguem as ondas de calor.

“Fiz algumas pesquisas iniciais para descobrir o que estava no mercado e não havia absolutamente nada além de roupas de dormir”, disse Nicholson.

Pesquisando ainda mais sobre, a empresária encontrou o material chamado Outlast, desenvolvido na década de 80 no Johnson Space Center da NASA, em Houston, ao procurar maneiras de melhorar o isolamento das luvas de trajes espaciais.

Outlast: tecido usado por astronautas, pilotos e agora por mulheres na menopausa

O Outlast tem sido usado em vários produtos –  de cadeiras a roupas íntimas. A Walero, que usa o material em roupas para pilotos de corrida, vendeu algumas de seus modelos para pessoas na menopausa, mas Nicholson notou que não parecia haver nenhuma marca usando essa tecnologia especificamente para isso.

Então, em 2017, ela fundou a Fifty One Apparel, que tem a sua sede em Londres.

Nicholson uniu o Outlast ao fio celulósico, e agora as roupas mantêm as propriedades de regulação de temperatura dos materiais e também a aparência e o toque dos tecidos de alta qualidade.

No começo, havia apenas quatro opções de camiseta, mas a partir de 2021 a loja começou a expandir o comércio virtual e já conta com diversos tipos de roupa.

Além disso, também desenvolveu acessórios como lenços, máscaras e turbantes feitos de Outlast. Mais uma vez é comprovado que o investimento em ciência vale a pena, pois as aplicações podem ser muitas.

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