Ciberataque contra a Caixa causa prejuízo milionário

Hugo Cruz

10 de fevereiro de 2022

Ciberataque à Caixa

Imagem: Iberdrola

A PF (Polícia Federal), no intuito de prender suspeitos de envolvimento com as invasões da Caixa Econômica Federal, executou a Operação Atacante. Durante a ação, um suspeito foi preso por ser sócio de uma empresa que teria servido de fachada para os golpes através de um Ciberataque à Caixa.

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O suspeito em participar do golpe tem alertas de movimentações suspeitas – mais de R$9 milhões – ligados ao seu nome nos últimos 8 meses, de acordo dados que foram passados pelo Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

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A prisão é preventiva e, segundo o juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, necessária para a continuação das investigações.

Operação também faz busca e apreensão em três cidades

Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo, em Ribeirão Preto e no Guarujá, durante os quais foram apreendidos equipamentos de informática, documentos e veículos que podem dar mais informações a respeito dos outros participantes do crime.

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Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa, podendo pegar de 4 a 8 e de 1 a 3 anos de reclusão respectivamente.

Ciberataque à Caixa dá acesso a dados de correntistas

Informações passadas pela PF mostram que os criminosos conseguiram acessar ilegalmente os sistemas internos da Caixa Econômica Federal. De lá, era possível obter todo tipo de dado dos correntistas. Uma vez dentro do sistema e com as informações em mãos, os golpistas faziam alterações nos registros para emitir cartões.

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Segundo informações do Estadão, o próprio sistema de segurança da Caixa, emitiu alertas sobre as atividades dos criminosos. Cerca de 3,6 mil CPFs de clientes foram hackeados e os golpistas ainda conseguiram emitir mais de 3,7 mil cartões.

A assessoria da Caixa se posicionou da seguinte maneira:

“A CAIXA esclarece que informações sobre eventos criminosos em suas unidades e sistemas são repassadas exclusivamente às autoridades policiais e ratifica que coopera integralmente com as investigações dos órgãos competentes”.

Nos últimos meses, várias entidades têm sofrido ataques cibernéticos e os atacantes estão ficando cada vez mais ousados. A PF faz tudo que pode, mas parece haver uma necessidade urgente de melhoria na infraestrutura, por parte das empresas e órgãos, focando na segurança contra esse tipo de ação criminosa – principalmente pelo fato de a maioria dos ataques ocorrerem com ajuda interna.

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Hugo Cruz

Redator Profissional, Comunicador Social e especialista em Produção de Conteúdo Web. Formado em Letras - Inglês e Administração. CEO da Agência Digital Comunicalize.